CLARICE, G.H. E AS EXPLOSÕES FICCIONAIS DA PAIXÃO

  • Renan Ji CAp-UERJ

Resumo

Este texto se presta a fazer uma leitura de A Paixão segundo G.H., de Clarice Lispector, abordando os aspectos míticos e originários da literatura de Clarice, os quais se configuram como imagens ou formas explosivas de uma criatividade, que se debate em experiências de profunda dissolução do sujeito. Nesse sentido, a escrita clariciana se caracterizaria pela íntima relação com a origem do pensamento e da arte, com uma linguagem que assumiria contornos peculiares das formas artísticas primevas, recém-saídas do caos da criação, segundo a concepção de Maurice Blanchot e Ernst Cassirer.

Referências

AUERBACH, Eric. “A meia marrom”. In: _______. Mímesis. São Paulo: Perspectiva, 2007.

BLANCHOT, Maurice. “A inspiração”. In: _______. O espaço literário. Rio de Janeiro: Rocco, 1987.

_______. O livro por vir. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

CASSIRER, Ernst. Linguagem e mito. São Paulo: Perspectiva, 2006.

CHIARA, Ana Cristina. Ensaios de possessão (irrespiráveis). Rio de Janeiro: Caetés, 2006.

ELIADE, Mircea. Mito e realidade. São Paulo: Perspectiva, 1972.

LISPECTOR, Clarice. A Paixão segundo G.H.. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

LUNARDI, Adriana. “Clarice”. In: _______. Vésperas. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.

NUNES, Benedito (org.). “Introdução do coordenador”. In: LISPECTOR, Clarice. A Paixão segundo G.H.. Edição Crítica. Edições UNESCO, 1988.

_______. O dorso do tigre. São Paulo: Perspectiva, 1969.
Publicado
2018-07-20
Como Citar
JI, Renan. CLARICE, G.H. E AS EXPLOSÕES FICCIONAIS DA PAIXÃO. LETRAS EM REVISTA, [S.l.], v. 8, n. 2, jul. 2018. ISSN 2318-1788. Disponível em: <https://ojs.uespi.br/index.php/ler/article/view/148>. Acesso em: 04 dez. 2024.