Ecos do Sublime em “A terceira margem do rio”, de Guimarães Rosa.

  • Fabrício Lemos da Costa Universidade Estadual do Amapá
  • Sílvio Augusto de Oliveira Holanda Universidade Federal do Pará

Resumo

Este ensaio tem como objetivo refletir sobre a manifestação do sublime e da dúvida na narrativa “A Terceira margem do rio”, sexto conto do livro Primeiras Estórias, de Guimarães Rosa. A presente reflexão dá-se a partir do conceito de sublime, formulada pelo filósofo Friedrich Schiller, cuja máxima encontra-se no mito de Prometeu, a clave do herói trágico. Assim, desenvolveremos uma leitura na perspectiva do trágico instaurada na vivência de um sujeito sertanejo, personagem que constrói uma canoa para viver em uma terceira margem. Entretanto, a manifestação da sublimidade intercruza-se com a incerteza ao longo da narrativa, constituindo-se na própria negação do sublime, caraterizada pela existência da dúvida, elemento fundador das narrativas do século XX.

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Publicado
2020-04-21
Como Citar
COSTA, Fabrício Lemos da; HOLANDA, Sílvio Augusto de Oliveira. Ecos do Sublime em “A terceira margem do rio”, de Guimarães Rosa.. LETRAS EM REVISTA, [S.l.], v. 10, n. 2, abr. 2020. ISSN 2318-1788. Disponível em: <https://ojs.uespi.br/index.php/ler/article/view/183>. Acesso em: 22 dez. 2024.