Paradigmas revisitados em Mika, de Elsa Osorio
Resumo
Neste artigo, analisamos, à luz da teoria feminista e do diálogo entre literatura e história, o romance Mika, da escritora argentina Elsa Osorio. A autora dedicou cerca de vinte e cinco anos de pesquisa a fim de reunir relatos, cartas, testemunhos, fotos e histórias que pudessem recontar a vida de Micaela Feldman de Etchebéhère. Ao final, Osorio oferece uma obra literária que pode ser analisada por diferentes aspectos. A história permite compreender como se davam as relações de gênero em meados do século XX, os debates sobre os espaços públicos e privados e as relações identitárias entre homens e mulheres, temas caros à crítica literária feminista atual. Também é possível compreender a relação entre história e literatura e, dentro da perspectiva dos Estudos Culturais, podemos investigar o descortinamento de uma personalidade invisibilizada pela narrativa histórica. BOURDIEU (2011); BEAUVOIR (1970); HALL (2000); SCHMIDT (2000) e ZINANI (2006) são os principais estudiosos com os quais a presente análise estabelece diálogo.
Referências
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