ANTICLERICALISMO E ROMANCE MODERNO: CORNELIA BORORQUIA OU A VÍTIMA DA INQUISIÇÃO
Resumo
Cornelia Bororquia ou a Vítima da Inquisição, historieta espanhola de Luis Gutiérrez (1771 - 1809), publicada pela primeira vez em 1801, narra, por meio de cartas, o sequestro de uma moça pelo Arcebispo de Sevilha. Para tentar recuperar a jovem, o pai solicita ajuda para o retorno de sua filha, bem como seu noivo e amigos intentam socorrer a vítima. O romance foi noticiado em diversos jornais no Brasil, como Diário do Pernambuco, em 1833, Jornal do Commercio, em 1835, Diario do Commercio, em 1889, bem como foi criticado pelo jornal católico A Boa Nova (1872), em Belém do Pará. Considerada a primeira novela espanhola anticlericalista, a narrativa denuncia abusos do poder eclesiástico na Espanha inquisitória por meio do romance epistolar. Dessa forma, o presente estudo objetiva analisar a narrativa espanhola a fim de confirmar sua importância nas discussões sobre a produção romanesca aliada à História em discussões pertinentes aos estudos literários e sociais.
Referências
BARRIENTOS, Joaquín Álvarez. La novela del siglo XVIII. Júcar, 1991.
GUTIÉRREZ, Luis. Cornelia Bororquia o La víctima de la Inquisición, edición, introducción y notas de Gérard Dufour, Alicante, Instituto de Cultura Juan Gil-Albert, 1987. 216 p.
RODRIGO MANCHO, Ricardo; PACHECO, Pilar Pérez. Nuevas claves para la lectura de Cornelia Bororquia (1801). Olivar, 2003, n. 4, p. 83-103 (2003).
ZAGAROZA, Amparo Bustos. Cornelia Bororquia: Primera novela anticlerical. Innovación y Experiencias Educativas, Granada, n. 24, p.1-12, nov. 2009. Disponível em: