A RECEPÇÃO DA TETRALOGIA OBSCENA DE HILDA HILST PELA IMPRENSA BRASILEIRA

  • Carlos Alexandre da Silva Rocha Ufes/PPGL

Resumo

Este artigo tem como objetivo mostrar como Hilda Hilst influenciou a recepção de sua tetralogia obscena, a saber: O caderno rosa de Lori Lamby (1990), Contos d’escárnio – Textos grotescos (1990), Cartas de um sedutor (1991) e Bufólicas (1992). Com as performances realizadas por Hilst em suas entrevistas, vários críticos impregnaram suas visões a partir desse desvelamento fictício da vida da autora, como podemos observar nas resenhas publicadas na época. Utilizaremos os conceitos de performance de Ravetti (2002) e Schechner (2003), além de utilizarmos as entrevistas de Hilda Hilst coletadas por Cristiano Diniz (2012), confrontando-as com resenhas críticas sobre a tetralogia obscena publicadas em jornais como Folha de São Paulo, Jornal do Brasil, Correio Popular, dentre outros.

Referências

ARAUJO, Celso. Inocência Escandalosa. Jornal do Brasil. Distrito Federal, 24 maio 1990. Caderno 2.
BAUDRILLARD, Jean. Senhas. Tradução de Maria Helena Kühner. 2. ed. Rio de Janeiro: DIFEL, 2007.
COMODO, Roberto. O fecho de uma trilogia erótica. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 02 set. 1991.
DINIZ, Cristiano. Paris era bom quando eu@§#!$...: uma seleção de entrevistas e depoimentos de Hilda Hilst. 2012. 264f. Dissertação (Mestrado em Teoria e História Literária) – Programa de Pós-Graduação em Teoria e História Literária, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 264f.
DUARTE, Edson Costa. A recepção da literatura de Hilda Hilst. Revista Palimpsesto, Rio de Janeiro, ano 13, n. 18, p. 135-145, 2014. Disponível em: < https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/palimpsesto/article/view/34894>. Acesso em: 01 jun. 2020.
FERRAZ, Heitor. A cortina de fumaça da obscenidade. Folha de São Paulo, São Paulo, 16 jun. 2002. Caderno Mais.
HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. 1 Cd.
HUNT, Lynn. Introdução: Obscenidade e as origens da modernidade, 1500-1800. In: HUNT, Lynn. A invenção da pornografia: obscenidade e as origens da modernidade, 1500-1800. Tradução de Carlos Szlak. São Paulo: Hedra, 1999. p. 49-114.
MARTINELLI, Paulo. Tempestade. Correio Popular, Campinas, 23 out. 1994.
MEDEIROS, Gutemberg. O erótico como ato político. Gonzaga News, Santos, jan. 1991. Sons e Palavras.
MENDES, Mário. Brega até a alma. Revista Elle, São Paulo, jan. 1999. Ano 11, n°128. Cultural Piece.
MORAES, Eliane Robert; LAPEIZ, Sandra M. O que é pornografia. São Paulo: Brasiliense, 1984.
MORAES, Eliane Robert. A obscena senhora Hilst. Poemas eróticos disfarçam uma fina reflexão sobre a linguagem. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 12 de maio 1990. Ficção.
MORICONE, Sérgio. Fina e densa escrita sexual. Jornal de Brasília, Brasília, 24 out. 1991. Literatura.
PÉCORA, Alcir. A virada acadêmica de Hilda Hilst. Jornal Literário Rascunho. Curitiba, jun. 2018. Caderno Conversa, escuta. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2018.
______. Hilda Hilst: Call for Papers. 2005. Disponível em: . Acesso em: 01 set.
QUEIROZ, Vera. Hilda Hilst e a Arquitetura de Escombros. Ipotesi, Juiz de Fora, v. 8, n. 1-2, p. 67 - 78, jan./dez. 2004.
RAVETTI, Graciela. “Narrativas performáticas.” In: RAVETTI, Graciela; ARBEX, Márcia (orgs). Performance, exílios, fronteras. Belo Horizonte, UFMG, 2002. p. 47-68.
ROCHA, Carlos Alexandre da Silva. O embate político nas arenas púbicas das sete Bufólicas de Hilda Hilst. In: AZEVEDO FILHO, Deneval Siqueira de (Org.). Por um (im)possível anticânone contemporâneo: literatura, artes, cinema, música. São Paulo: Arte & Ciência. 2014. p. 33-49.
ROCHA, Carlos Alexandre. Amoralidade do leitor em xeque. Jornal A Gazeta. Vitória, 07 dez. 2012. Caderno Pensar.
ROSENFELD, Anatol. Hilda Hilst: poeta, narradora, dramaturga. 1970. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2013.
SCALZO, F. Hilda profissionaliza “bandalheira” em novo livro. Folha de São Paulo, São Paulo, 13 out. 1990. Letras.
SCHECHNER, Richard. O que é performance. O percevejo. Rio de Janeiro, Ano 11, n. 12, p. 25-50, 2003.
SEFFRIN, A. C. A sublime Hilda Hilst. D. O. Leitura, [São Paulo, 1990].
WERNECK, Humberto. Hilda se despede da seriedade. Jornal do Brasil, [s.1] 17 fev. 1990. Perfil.
WILLER, Cláudio. Pacto com o hermético. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 17 fev. 1990. Disponível em: . Acesso em: 03 jun. 2013.
ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, literatura. Tradução de Jerusa Pires Ferreira e Suely Fenerich. São Paulo: COSACNAIF, 2014.
Publicado
2021-04-27
Como Citar
ROCHA, Carlos Alexandre da Silva. A RECEPÇÃO DA TETRALOGIA OBSCENA DE HILDA HILST PELA IMPRENSA BRASILEIRA. LETRAS EM REVISTA, [S.l.], v. 11, n. 2, abr. 2021. ISSN 2318-1788. Disponível em: <https://ojs.uespi.br/index.php/ler/article/view/343>. Acesso em: 26 abr. 2024.