CONCORDÂNCIA VERBAL DE 3ª PESSOA DO PLURAL NO PORTUGUÊS BRASILEIRO
VARIAÇÃO E ENSINO
Resumo
Neste trabalho, apresentamos uma descrição da variação na concordância verbal de 3ª pessoa do plural no português brasileiro para discutirmos a variação linguística como conteúdo das aulas de português. O tratamento da variação em sala de aula é preconizado por documentos oficiais (BNCC/PCN), mas ainda tem sido realidade distante. Ainda que tenhamos conjuntos robustos de descrição linguística, a tentativa de inserir esse conteúdo na educação básica ainda é um desafio, principalmente frente a uma sociedade marcada por discriminação e preconceito quando se trata de fenômenos linguísticos em variação, especialmente os que se distanciam da norma de prestígio.
Referências
ANJOS, S. E. Um estudo variacionista da concordância verbo-sujeito na fala pessoense. 1999. 133f. Dissertação (Mestrado em Língua Portuguesa) – Curso de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 1999.
ARAUJO, S. S. F. A concordância verbal no português falado em Feira de Santana – BA: sociolinguística e sócio-história do Português Brasileiro. 2014. 342f. Tese (Doutorado em Linguística) – Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2014.
BERLINK, R. A.; DUARTE, M. E. L.; OLIVEIRA, M. Predicação. In.: KATO, M. A.;
NASCIMENTO, M. Gramática do português culto falado no Brasil. Vol.3. Campinas:
Editora da Unicamp, 2009.
BORTONI-RICARDO, S. M. Nós cheguemu, e agora?: Sociolinguística & educação. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.
BORTONI-RICARDO, S. M. A concordância verbal em português: um estudo
de sua significação social. In.: VOTRE, S; RONCARATI, C. (Orgs.). Anthony
Julius Naro e a lingüística no Brasil: uma homenagem acadêmica. Rio de Janeiro: 7Letras, 2008, p. 362-380.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: língua portuguesa. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998. Disponível em: encurtador.com.br/lvGY1. Acesso em: 09 dez. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: encurtador.com.br/AJTY7. Acesso em: 09 dez. 2020.
CASTILHO, A. Nova Gramática do Português Brasileiro. São Paulo: Contexto. 2010
CYRINO, S; NUNES, J.; PAGOTTO, E. Complementação. In.: KATO, M. A.;
NASCIMENTO, M. Gramática do português culto falado no Brasil. Vol.3. Campinas:
Editora da Unicamp, 2009.
CHAVES, R. Princípio de saliência fônica: isso não soa bem. Letrônica, v. 7, n.2, p. 522-
550, 2014
FREITAG, R. M. K. Idade: uma variável sociolinguística complexa. Línguas & Letras, v. 6,
n. 11, p. 105-121, 2005.
FREITAG, R. M. K. Sociolinguística no/do Brasil. Caderno de Estudos Linguísticos,
Campinas, n. 58, v. 3, p. 445-460, 2016.
FREITAG, R. M. K. A mudança linguística, a gramática e a escola. PerCursos,
Florianópolis, v. 18, n.37, p. 63 - 91, 2017.
GÖRSKI, E. M.; FREITAG, R. M. K. O papel da sociolinguística na
formação dos professores de Língua Portuguesa com língua materna. In: TAVARES, M.
A.; MARTINS, M. A. (Orgs.). Contribuições da Sociolinguística e da linguística
histórica para o ensino de língua portuguesa. Natal: EDUFRN, 2013. p. 11-52.
LABOV, W. Principles of Linguistic change: social factors. Oxford: Blackwell
Publishers, 2001.
LABOV, W. Padrões sociolinguísticos. Tradução Marcos Bagno, Maria Marta Pereira Scherre, Caroline Rodrigues Cardoso. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
LEMLE, M.; NARO, A. J. Competências básicas do português. Relatório final de pesquisa
apresentado às instituições patrocinadoras Fundação Movimento Brasileiro de Alfabetização
(Mobral) e Fundação Ford, 1977.
MICHAELIS. Dicionário brasileiro da língua portuguesa. São Paulo: Melhoramentos,
2015. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/. Acesso em: 09 dez. 2020.
MONGUILHOTT, I. O. S. Variação na concordância verbal de terceira pessoa do plural na fala dos florianopolitanos. 2001. 109f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2001.
MONTE, A. Concordância verbal e variação: uma fotografia sociolinguística da cidade de São Carlos. 2007. 118 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, 2007.
NARO, A. J. The social and structural dimensions of a syntatic change. LSA, Language, v.
57, p. 63-98, 1981.
NOVAIS, V. S. Evidências societais: avaliação social da variação na concordância verbal no português brasileiro. Enlaces, Salvador, v. 1, n. 1, p. 05-27, dez. 2020 (no prelo).
PAIVA, M. S.; SCHERRE, M. M. P. Retrospectiva sociolinguística: contribuições do PEUL. Delta, v. 15, n. Especial, p. 201-231, 1999.
PERINI, M. A. Gramática do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2010.
PEZZATI, E. G. Uma abordagem funcionalista da ordem de palavras no português falado. Alfa, São Paulo, v. 38, p. 37-56, 1994.
RAMOS, H. Por uma vida melhor: Coleção Viver e Aprender. São Paulo: Editora Global,
2011.
RODRIGUES, D. A. A concordância verbal na fala urbana de Rio Branco. 1997. 178f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 1997.
RUBIO, C. F. Padrões de concordância verbal e de alternância pronominal no português brasileiro e no português europeu: estudo sociolinguístico comparativo. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012.
SAID ALI, M. Gramática histórica da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Melhoramentos,
1971.
SOUZA, N. C. C.; ARAÚJO, S. S. F. Reações subjetivas de estudantes da cidade de Tucano-BA às variantes não padrão da concordância verbal. A cor das Letras, Feira de Santana, v. 21, n.1, p. 249-272, 2020.
SCHERRE, M. M. P.; NARO, A. J. Sobre a concordância de número no português falado do Brasil. In.: RUFFINO, G. (org.) Dialettologia, geolinguistica, sociolinguistica.(Atti del XXI Congresso Internazionale di Linguistica e Filologia Romanza) Centro di Studi Filologici e Linguistici Siciliani, Universitá di Palermo. Tübingen: Max Niemeyer Verlag. p. 509- 523, 1998.
VIEIRA, S. R. Gramática, variação e ensino: diagnose e propostas pedagógicas. São Paulo: Blucher, 2018.
WEINREICH, U.; LABOV, W.; HERZOG, M. Fundamentos empíricos para uma teoria da mudança linguística. Tradução de Marcos Bagno. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.
ARAUJO, S. S. F. A concordância verbal no português falado em Feira de Santana – BA: sociolinguística e sócio-história do Português Brasileiro. 2014. 342f. Tese (Doutorado em Linguística) – Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2014.
BERLINK, R. A.; DUARTE, M. E. L.; OLIVEIRA, M. Predicação. In.: KATO, M. A.;
NASCIMENTO, M. Gramática do português culto falado no Brasil. Vol.3. Campinas:
Editora da Unicamp, 2009.
BORTONI-RICARDO, S. M. Nós cheguemu, e agora?: Sociolinguística & educação. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.
BORTONI-RICARDO, S. M. A concordância verbal em português: um estudo
de sua significação social. In.: VOTRE, S; RONCARATI, C. (Orgs.). Anthony
Julius Naro e a lingüística no Brasil: uma homenagem acadêmica. Rio de Janeiro: 7Letras, 2008, p. 362-380.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: língua portuguesa. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998. Disponível em: encurtador.com.br/lvGY1. Acesso em: 09 dez. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: encurtador.com.br/AJTY7. Acesso em: 09 dez. 2020.
CASTILHO, A. Nova Gramática do Português Brasileiro. São Paulo: Contexto. 2010
CYRINO, S; NUNES, J.; PAGOTTO, E. Complementação. In.: KATO, M. A.;
NASCIMENTO, M. Gramática do português culto falado no Brasil. Vol.3. Campinas:
Editora da Unicamp, 2009.
CHAVES, R. Princípio de saliência fônica: isso não soa bem. Letrônica, v. 7, n.2, p. 522-
550, 2014
FREITAG, R. M. K. Idade: uma variável sociolinguística complexa. Línguas & Letras, v. 6,
n. 11, p. 105-121, 2005.
FREITAG, R. M. K. Sociolinguística no/do Brasil. Caderno de Estudos Linguísticos,
Campinas, n. 58, v. 3, p. 445-460, 2016.
FREITAG, R. M. K. A mudança linguística, a gramática e a escola. PerCursos,
Florianópolis, v. 18, n.37, p. 63 - 91, 2017.
GÖRSKI, E. M.; FREITAG, R. M. K. O papel da sociolinguística na
formação dos professores de Língua Portuguesa com língua materna. In: TAVARES, M.
A.; MARTINS, M. A. (Orgs.). Contribuições da Sociolinguística e da linguística
histórica para o ensino de língua portuguesa. Natal: EDUFRN, 2013. p. 11-52.
LABOV, W. Principles of Linguistic change: social factors. Oxford: Blackwell
Publishers, 2001.
LABOV, W. Padrões sociolinguísticos. Tradução Marcos Bagno, Maria Marta Pereira Scherre, Caroline Rodrigues Cardoso. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
LEMLE, M.; NARO, A. J. Competências básicas do português. Relatório final de pesquisa
apresentado às instituições patrocinadoras Fundação Movimento Brasileiro de Alfabetização
(Mobral) e Fundação Ford, 1977.
MICHAELIS. Dicionário brasileiro da língua portuguesa. São Paulo: Melhoramentos,
2015. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/. Acesso em: 09 dez. 2020.
MONGUILHOTT, I. O. S. Variação na concordância verbal de terceira pessoa do plural na fala dos florianopolitanos. 2001. 109f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2001.
MONTE, A. Concordância verbal e variação: uma fotografia sociolinguística da cidade de São Carlos. 2007. 118 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, 2007.
NARO, A. J. The social and structural dimensions of a syntatic change. LSA, Language, v.
57, p. 63-98, 1981.
NOVAIS, V. S. Evidências societais: avaliação social da variação na concordância verbal no português brasileiro. Enlaces, Salvador, v. 1, n. 1, p. 05-27, dez. 2020 (no prelo).
PAIVA, M. S.; SCHERRE, M. M. P. Retrospectiva sociolinguística: contribuições do PEUL. Delta, v. 15, n. Especial, p. 201-231, 1999.
PERINI, M. A. Gramática do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2010.
PEZZATI, E. G. Uma abordagem funcionalista da ordem de palavras no português falado. Alfa, São Paulo, v. 38, p. 37-56, 1994.
RAMOS, H. Por uma vida melhor: Coleção Viver e Aprender. São Paulo: Editora Global,
2011.
RODRIGUES, D. A. A concordância verbal na fala urbana de Rio Branco. 1997. 178f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 1997.
RUBIO, C. F. Padrões de concordância verbal e de alternância pronominal no português brasileiro e no português europeu: estudo sociolinguístico comparativo. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012.
SAID ALI, M. Gramática histórica da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Melhoramentos,
1971.
SOUZA, N. C. C.; ARAÚJO, S. S. F. Reações subjetivas de estudantes da cidade de Tucano-BA às variantes não padrão da concordância verbal. A cor das Letras, Feira de Santana, v. 21, n.1, p. 249-272, 2020.
SCHERRE, M. M. P.; NARO, A. J. Sobre a concordância de número no português falado do Brasil. In.: RUFFINO, G. (org.) Dialettologia, geolinguistica, sociolinguistica.(Atti del XXI Congresso Internazionale di Linguistica e Filologia Romanza) Centro di Studi Filologici e Linguistici Siciliani, Universitá di Palermo. Tübingen: Max Niemeyer Verlag. p. 509- 523, 1998.
VIEIRA, S. R. Gramática, variação e ensino: diagnose e propostas pedagógicas. São Paulo: Blucher, 2018.
WEINREICH, U.; LABOV, W.; HERZOG, M. Fundamentos empíricos para uma teoria da mudança linguística. Tradução de Marcos Bagno. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.
Publicado
2022-04-08
Como Citar
NOVAIS, Viviane Silva de.
CONCORDÂNCIA VERBAL DE 3ª PESSOA DO PLURAL NO PORTUGUÊS BRASILEIRO.
LETRAS EM REVISTA, [S.l.], v. 12, n. 01, abr. 2022.
ISSN 2318-1788.
Disponível em: <https://ojs.uespi.br/index.php/ler/article/view/358>. Acesso em: 03 dez. 2024.