ANTÓNIO QUADROS. PORTUGAL, RAZÃO E MISTÉRIO: A TRILOGIA
Resumo
Portugal, Razão e Mistério: a Trilogia (2020), de António Quadros: “A derradeira palavra” (António Quadros Ferro). A sua distribuição precedeu em alguns dias apenas o confinamento. respondendo ao já longo questionamento sobre o 3º vol. da obra, anunciado e nunca editado, resolvendo o mistério do seu desaparecimento. Agora, a obra surge completada e emoldurada por um paratexto que lhe potencia a sedução, encenando um colóquio entre desaparecidos e colegas ‘de pena’, com modalizações que não comento para evitar alongar-me, mas que constituem importante moldura desta obra notável: de Mafalda Ferro, Joaquim Domingues, Pinharanda Gomes e Francisco da Cunha Leão, em pórtico, e, no fim, de Pedro Martins, encerrando com a última entrevista do autor por Antónia de Sousa (Diário de Notícias, 11/3/1993). Nesta, a última fala replica-se em epígrafe ao volume como “mensagem” aos concidadãos, recuperando a que encerra a Mensagem (1934) de Fernando Pessoa aos seus Fratres. 86 anos depois de Pessoa, 33 anos depois de se instalar “o fantasma do terceiro livro de Portugal, Razão e Mistério”1 .